Sunday, June 07, 2009

"Às vezes não quero ser curada"

Esta manhã acordei atordoada. Havia sonhado muitas coisas e esqueci de fechar a janela. O sol perturbava minha visão com seu calor glorioso e claridade intensa. Cobri meu rosto e senti todo meu corpo se aquecendo em ternura ao som de passarinhos... Deitei meu cabelo ao lado e me perguntei se estava acordada.

Após um esforço consideravalmente sobrehumano, abri meus olhos em pequenas frestas úmidas para acostumar-me com a claridade. Uma brisa gelada entrava agora, a senti na ponta de meus pés. Tremi e cobri meu corpo, como se temesse uma geada. Minha pele clamava por calor que o cobertor não tinha como responder.

É claro que há momentos que até mesmo eu, anti-social e complicada, gostaria de ter alguém para me abraçar em uma manhã de domingo. Alguém que me chamasse de Cassiopéia também. (risos)

Lembro que alguém já definiu "apaixonar-se" como uma doença. Um estado doentio da mente em encontrar momentaneamente alívio na presença de outra pessoa. Se todos os sintomas desta doença forem bons então, quando somos rejeitadas, recebemos o remédio que cura essa doença.

Às vezes não quero ser curada.