Sunday, May 31, 2009

"Está lá e não podemos ver"

Hoje fui a uma festa em um sítio onde pude ver a natureza em sua essência verde. Como é regozijante poder assistir o vento dobrar as folhas da grama, as inclinando inequivocadamente para a mesma direção. Como uma grande força que está lá e não podemos ver. Sem pedir nada em troca ela existe e realiza seu intento.

Ontem logo após postar saí para este lugar com coisas em minha cabeça. Voltei hoje com o coração lavado, ao som de uma queda de um rio. Vivendo na cidade esquecemos como é importante ver que o mundo, diferente de nós, é eterno e equilibrado. Podemos ver que o mundo existe independente de nós e que, se ele sofre, é porque nós o ferimos.

No mais profundo pensamento sei que sou mesquinha. Quero receber muito e dar pouco. Quero que me aceitem e me amem mas, também renego pessoas de mim. Introspectiva, chata e complicada, preciso ser alguém mais generosa.

Espero que isto possa se realizar com muito esforço. Darei meu melhor...

Saturday, May 30, 2009

"Medo de dirigir"

Hoje dirigi um curto caminho entre minha casa e o supermercado. Ao entrar no carro senti um frio na garganta. O toque do couro do volante em minhas mãos era áspero, como tocar a pele de um touro indomado. Demorei alguns segundos olhando a vista do parabrisa afinal, deve-se domar a besta antes de soltar sua coleira.

Quando senti segurança demorei alguns minutos para sair da garagem, finalmente caindo na rua. Freava a cada carro que passasse lateralmente, com medo que raspássemos as laterais ao som do metal rangendo. Calafrios, ai meu Deus.

Graças às estrelas consegui uma vaga no supermercado onde não havia nenhum carro por perto. Fiz minhas compras com pressa para que não parassem carros ao redor do meu lá estacionado. Voltei e estava vazio ainda. Novamente entrei no carro para retornar à minha casa.

A baliza na garagem foi a pior parte do dia. Demorei, precisei de ajuda para estacionar o carro. Quando desci sentia minhas pernas bambearem. Olhei minha bicicleta lá parada e dei a ela um olhar com todo o valor que atribuo à ela.

Guardei as compras e me joguei na cama, acalmar meu espírito e regenerar meu brio. Puxando Cassiopéia para meu colo senti seu peso em mim e o som abafado de suas cordas sem um amplificador. Ah Cassiopéia, eu tenho medo de dirigir.

Friday, May 29, 2009

"A ternura de suas vozes"

Tenho poucas mas ótimas amigas. Sou muito grata pelo carinho e atenção, sempre indispensavelmente doces. Não sei o que seria meu mundo sem a ternura de suas vozes, acompanhando meu caminho.

Me abraçam, a mim e todo meu mundo, cheio de frustrações e incapacidades minhas diante das adversidades. Mesmo elas sabem de todas minhas fraquezas e covardias, havendo percebido há muito e aceitado. Quando alguém sabe de algo que nós tememos que saibam e nos aceitam, acredito que isto é amizade.

Eu e Cassiopéia somos amigos. Falo com Cassiopéia, minhas confissões de garota em mudanças. Ele me responde com sua melodia.

É graças as pessoas em meu mundo que posso ainda sorrir ao observar as nuvens em Cassiopéia.

Thursday, May 28, 2009

"Canções que moram em mim"

Graças ao comentário do Fábio, fiquei inspirada em escrever sobre Cassiopéia hoje. Tentar dar o melhor de mim para explicar por que ele é tão importante na minha vida. (risos)

Cassiopéia é um companheiro. Quando o ligo no amplificador e toco um mi solto e introspectivo, sinto o som grave vibrando dentro de mim. Este som é inalterável. Se eu afinar Cassiopéia, aquele mi é ininterruptamente eterno. Algo vigorosamente duradouro. Enquanto aquela corda vibrar, o som irá ser sempre um mi, firmemente permanente.

Acho que na verdade, simplesmente sou perdidamente apaixonada pelo som do baixo. É como se fosse um reverb, um eco, sempre em sintonia com minha alma. É um som que me traz segurança. Austero, gentil e confiante. Assim como Cassiopéia.

Cassiopéia não é a madeira que compõe meu baixo ou as cordas nele. Mas o som e o espírito, é a sensação de que meu mundo é meu e que, na peça de minha vida, serei protagonista. Mesmo que não seja a diretora deste drama, ainda assim terei controle sobre parte de meu destino, até o fim nefasto que me aguarda.

Sei tocar tantas músicas que às vezes esqueço que as sei e começo a tocar sem perceber que música é. E, são poucas mas, existem músicas que não existem lá fora. Estão sempre saindo das cordas de Cassiopéia, mesmo sem nunca terem sido escritas. Como se fossem canções que moram em mim, nascidas de minhas horas de reflexão com o peso de Cassiopéia em meu colo.

Acordar, tomar banho, escovar os dentes, pentear os cabelos, passar maquiagem, escolher a roupa e colocar Cassiopéia nas costas. Minhas manhãs são incompletas sem ele.

Wednesday, May 27, 2009

"Infância e ignorância"

Ai meu Deus, quase não deu tempo de postar hoje... Tive de ir ao hospital, finalmente estou de volta.

Hoje tive medo de crescer. Não queria ter de me preocupar com coisas que, quando era menor, nunca havia pensado que existiam. Mas ao mesmo tempo, se fosse sempre criança, nunca poderia tocar Cassiopéia. Atravessar a rua sozinha.

A medida que amadurecemos ganhamos o direito de sermos indivíduos livres, almas soltas, nesta sociedade. Mas junto de direitos, temos deveres, sempre, um acompanhando o outro.

Se é inevitável, se eu preciso atender às expectativas se quiser ser livre então, com certeza, estarei de cabeça erguida diante do que deve ser feito. Deixarei minha infância e ignorância para trás e conquistarei meu espaço naquele céu estrelado, junto de Cassiopéia, meu grande amor.

Tuesday, May 26, 2009

"Tocar você"

O mundo é estranho comigo às vezes. Tenho sensações nada hospitaleiras quando estou em meu próprio quarto. Tropeço em mim mesma. Como um pedaço de pão que tinha gosto e textura de melão.

Será que estou ficando louca? (risos) Seria um avanço para minha doença, chamada Falta-de-Personalidade-de-Pessoa-Desinteressante.

Apesar de que quando estas coisas acontecem, nunca consigo parar e pensar "Viva, estou sendo louca". Sempre fico movida, balançada, tentando entender por que aconteceu aquilo em minha vida naturalmente corriqueira e habitual.

Ontem tirei o dia para manutenciar Cassiopéia. Troquei suas cordas e o limpei inteiro, está brilhando bonito aqui a meu lado. Hoje pretendo tocá-lo até sair sangue de meus dedos. Será que estou sendo louca? (risos)

Mas gosto muito de tocar Cassiopéia. Meus pais acham estranho o quanto eu consigo ficar deitada com ele, o tocando. Como se eu tivesse alguma doença de baixista. Porém, é como dizia William Blake: "Hold Infinity in the palm of your hand; And Eternity in an hour".

Cada um aproveita o tempo livre como quer, né? E para mim, poucas coisas são tão completas quanto tocar você, Cassiopéia.

Monday, May 25, 2009

"Reflexo"

Há espaços vazios em meu céu
Onde nuvens não podem cobrir

Como riscos em um espelho
Distorcem tudo em meus olhos

Não mereço uma imagem?
Ou talvez a tenha partido

Tudo que nos resta é aceitar
E seguir com o que temos

Mesmo que estejamos partidos
Tentemos continuar juntos

Sunday, May 24, 2009

"Insubstituíveis"

Não há muito o que fazer quando há sentimentos que não conseguimos apagar. Durante estes anos que me reconheço como uma pessoa fraca muito ouvi e aprendi. Dentre estas duas, sei qual vale mais. Qual nos faz crescer.

Hoje cheguei à uma grande verdade dentro de mim. Dói ter de admitir. Como cordas apertadas ao redor de meu peito, machucando. Machuca mas não muda. Nada muda esta verdade. Nada a torna inválida.

Apesar de que ela nunca, em nenhum ponto, se torna uma fonte de tristeza eterna, ainda assim dói saber. Neste momento não quero perceber que esta verdade não é o fim do mundo e que há esperança sempre.

Neste momento só quero atender às lágrimas e compreender, de uma vez por todas, que existem pessoas insubstituíveis.

Saturday, May 23, 2009

"Por nossa alma, nosso espírito"

Agora há pouco lia um livro onde a protagonista, uma inglesa charmosa e inteligente, de súbito encontra sua vida perfeita sendo estraçalhada, infortúnio após infortúnio. Tantas dores a rodeavam que em certo ponto mal conseguia ela chorar.

Grande impacto tudo isto teve em sua arte, tão única e melodiosa. Uma saxofonista, uma das únicas, creio eu. Tudo em sua vida tornava-se melancólico, insatisfeito, insaciável, terrível e assustador.

Até que finalmente ela atinge o fundo do mais profundo abismo que uma mulher pode chegar, o som de seu saxofone era como o vibrar profundo dos deuses do mar. Cassandra em seu ninho final, cantando no oceano as mágoas de um amor partido. Esta mulher tocava aquele saxofone como se tudo em seu mundo fossem notas dissonantes em escalas quebradas. Como se não houvesse tempo em sua melodia e o som eram lágrimas em um céu sem estrelas.

Encontro imenso interesse em perceber que em nossa arte, ilustram-se extremos. Poucos momentos podemos criar tão bem quanto quando precisamos criar algo. Nós criamos a arte por nossa alma, nosso espírito.

Friday, May 22, 2009

"As grandes quedas"

Sexta-feira enfim, achei que esta semana não acabaria nunca. Aquela sensação estranha de que sempre há mais alguma coisa a fazer. Como estar tentando se arrastar para fora de um poço fundo e escuro sem ver onde o sol brilha.

Um pouco exagerada minha analogia mas quando se tem muito para fazer, resta pouca tempo para se preocupar com nós mesmos. Meus cabelos precisam de um corte e outros pequenos detalhes que deixei por fazer! (risos)

Finalmente terminei tudo que me faltava para ter um final de semana bem leve e tranquilo. Há tempos não posso apenas deitar e relaxar sem ter de me preocupar com nenhum pormenor.

Às vezes esquecemos o verdadeiro valor do ócio. Não no sentido completo de inatividade mas por um instante ter completo controle do nosso tempo. Acho isto muito importante. Mais do que em geral as pessoas acham.

Sempre há aqueles que posam de super-trabalhador e dizem que odeiam o ritmo lento da vida. Pois eu acho que às vezes até mesmo o rio precisa descansar em correntes leves para ter força e volume para as grandes quedas.

Thursday, May 21, 2009

"Apagada"

Dentro de mim guardo muitos medos
São profundos
Tristes
E agudos

Um desolamento descolocado complicado
Sempre instável
Covarde
E imutável

Algo me falta sempre em cada momento
Um pouco de irracionalidade
Coragem
E liberdade

A pior parte em mim é ver tudo isto
E não fazer nada
Imóvel
E apagada

Wednesday, May 20, 2009

"Trocaram socos e pontapés"

Olá gente! Acho que a partir de hoje vou tirar este comentário inicial que faço e ir direto ao post. Tem me parecido que estou só enrolando aqui! (risos) Como se eu não estivesse enrolando o resto do post todo, né? (risos)

Hoje na aula dois garotos brigaram. Eu estava bem perto quando começou então tive que explicar depois para as pessoas que perguntaram. Parece que foi algo muito idiota, típico de garotos. (risos) Acabaram se esbarrando quando iam passar pelo corredorzinho entre as carteiras. Daí um deu um empurrãozinho e póf! Começaram a brigar.

Primeiro o moço da camisa branca tentou dar um soco mas o moço da camisa listrada defendeu. Daí se atracaram e se abraçaram igual Pride. (risos) Bateram nas carteiras e ficaram um agarrando a camisa do outro. O da camisa listrada começou a dar socos nas costas do de camisa branca e este, por sua vez, impulsionou e os dois caíram no chão.

O da camisa branca então montou no de camisa listrada e começou a dar socos. O da camisa listrada ergueu os braços pra proteger a cabeça e ficaram assim até chegar o time do "deixa disso calma lá". Afastaram os dois e cada um foi puxado pro seu canto.

Olhei para tudo isto com incrível calma. E por um instante, tive inveja. É claro, violência é absurdo e idiota. Incrivelmente estúpido. Mas dias antes eu havia visto os dois comemorando um ponto no jogo de vôlei da aula de Educação Física. E pareciam felizes um com o outro. Por mais que sejam bestas a ponto de brigar por terem se estranhado, homens agem com mais simplicidade. A raiva foi algo efêmero. Sentiram seu orgulho ferido e partiram para a briga. Ninguém perdeu sangue. Ninguém chorou. Resolveram aquilo ali e pronto. Trocaram socos e pontapés até estarem satisfeitos e amanhã, novamente, irão jogar vôlei na aula de educação física. Comemorar um ponto, juntos.

Sinto inveja disto.

Tuesday, May 19, 2009

"À escuridão que lá está guardada"

Olá a todos! Hoje me perdi um pouco. Desde o momento que acordei estava levemente atordoada. Talvez minha TPM esteja chegando. (risos) Mas tem sido um dia difícil.

Com estes sentimentos em redemoinho catastrófico dentro de mim me pergunto quem eu sou. Uma pessoa instável. Mas tenho tanta vergonha de deixar minha dor transparecer que pareço uma rocha fria. Um iceberg esquecido com 90% do corpo embaixo do nível do mar.

Sei que existe uma grande razão para eu ter me tornado o que sou mas também sei que tenho vergonha demais de contar para qualquer pessoa o que é. Aquilo que me aflige e me torna quebradiça. Como ver uma janela partida sem ter idéia do que a partiu. Fora uma bola de futebol enquanto todos achavam que a vida é um jogo? Teria sido um momento de raiva quando eu achava que o tempo não curaria? São tantas as possibilidades que é fácil, muito fácil, esconder minhas fraquezas.

Se me perguntarem posso dizer que a culpa não foi minha. Enquanto guardo todas minhas dores, dúvidas e culpas dentro de uma caixa fechada dentro de mim, lacrada com um cadeado cuja chave há muito escondi. Gostaria de ter jogado esta chave fora mas uma hora tenho certeza que irei abrir novamente o que escondi de mim, para ter certeza que me tornei forte, e não me render à escuridão que lá está guardada.

Monday, May 18, 2009

"Um vivo insolente"

Olá queridos não-leitores do meu blog! Ultimamente nem o Fábio tem comentado! (risos) Talvez eu não esteja realmente fazendo muito sucesso! (risos)

Mas respondendo à sua pergunta, não tenho banda. Não que eu não queira tocar música mas, toda banda quer fazer shows e acho que não suportaria subir em um palco na frente nem dos meus pais! (risos) Já Cassiopéia deve estar sentindo falta, já que ele é lindo e música é a vida dele.

Li um texto muito interessante hoje que falava sobre como os humanos não conseguem ser humildes. Era, claro, um texto ilusório, uma declaração e uma crítica, não um guia. Mas ele explicava que o homem mais humilde não é possível de existir nesta época porque o próprio estilo de vida da sociedade é uma afronta e um "pecado" por assim dizer.

Não mudou minha vida, mas, ficou em minha cabeça! (risos) Será que não estou sendo tão humilde quanto poderia? Será que estou sendo insolente? (risos) Insolente por estar viva, talvez realmente isto seja verdade. Mas não posso ser humilde ao ponto de acabar com minha vida. A melhor coisa que um ser humano pode fazer quando erra é entender a importância de pedir desculpas e, se possível, consertar o mal feito. Mesmo que nunca se esqueça acho que sempre poderemos sorrir enquanto formos compreensivos uns com os outros. Sem que ninguém precise morrer por ser um vivo insolente.

Sunday, May 17, 2009

"Ursinhos bonitinhos e verdes"

Olá Fábio e queridos leitores!

Mal posso indicar quanto sono estou. Acordei cedo hoje e quero dormir! (risos) E como uma mulher madura devo dizer "me deixem dormir"! (risos)

Porém, eu havia prometido que postaria às 5:30 da manhã então, aqui estou, com pálpebras caindo.

Esta madrugada passei inteira no MSN e ouvindo música! (risos) Nada de interessante. Após todas as pessoas já terem há muito ido para seus deliciosos sonos, cujo meu foi privado (risos), segui para minha janela. Há algo sempre interessante através das janelas.

Estava de pijama já mas coloquei Cassiopéia em meu colo. Geralmente não toco Cassiopéia se estou mal vestida mas isto não vem ao caso! (risos) Com Cassiopéia comigo fiquei tocando suas cordas com o amplificador no fone de ouvido, apenas para ouvir sua melodia no fundo enquanto eu observava a lua.

A lua me tem uma sensação diferente do sol. O sol me parece autoritário mas a lua me parece uma gentil companheira. Ela surge no céu para iluminar a noite porque o sol não está lá. Lentamente ela navega pelo céu estrelado, cruzando o brilho de algumas estrelas. Nem sempre ela cruzará as mesmas estrelas mas eu gostaria de ver como é o outro lado da lua. Sei que é escuro mas ainda assim, é um mistério para mim! (risos) Quem sabe do outro lado há ursinhos bonitinhos e verdes conspirando contra a Terra? (risos) Pode-se notar que estou com sono.

Com todo meu coração desejo uma ótima noite de sono para todos!

Saturday, May 16, 2009

"O início de um novo dia"

Olá novamente a todos e muito bom dia, Fábio! Sábado, que saudade de poder acordar tarde. Fazia tempo que não encontrava tempo para poder ver o sol nascer - ontem fui dormir às 6:30! (risos)

Acabei de almoçar feijoada, estou um pouco sonolenta. São por volta das 18:00 da tarde e estou satisfeita! Agora pouco sairei com minha amiga. Vamos a uma festa de família, ajudar os velhinhos a não derrubarem suas bebidas! (risos) Gosto de interagir com velhinhos, me faz bem. Sua calma é sempre harmoniosa com meu espírito.

Mas hoje queria falar de ontem! Que frase incrível! (risos) Sim, hoje queria falar de ontem. Há uma certa sensação triste ao ver o sol nascer. Me sinto levemente abandonada! (risos) Algo como, o sol está nascendo sem que eu precise fazer nada. E mesmo que eu fizesse ele conseguiria nascer. É uma força muito maior e mais grandiosa que eu, o nosso anão amarelo.

Só que pensei melhor e refleti sobre esse sentimento enquanto esperava o sono chegar. É bom que o sol não precise de mim. Ele é um símbolo. O sol diz que sou uma menina mimada e que o mundo é muito amplo. Muito maior do que minhas palavras ou minhas dores, minhas dúvidas e minhas covardias. Ele me diz que sempre nascerá pelo mundo, por todos. E assim todas as manhãs ele marca o início de um novo dia.

Epa! Já está na hora de começar meu grande imenso ritual de lavar os cabelos! (risos) Eu faço todos os dias e me toma uma hora e meia! (risos)

Farei uma promessa! Postarei o post de domingo de madrugada, enquanto a lua ainda estiver alta, para que eu possa falar dela! 5:30 é um bom horário! (risos)

Friday, May 15, 2009

"Continuo tocando, continuo vivendo..."

Olá a todos e Fábio, meu único e dedicado leitor! (risos) Finalmente é sexta-feira, acho que vou daqui direto para a locadora de filmes! (risos) Ah, sou uma viciada em filmes. Talvez todo tipo de arte de contar história para mim é convidativa. Livros, músicas, filmes, mangás, HQs e outros! E sem sombra de dúvidas gosto de ouvir as pessoas me contarem suas histórias de vida. É inacreditável como apenas a minha vida é desinteressante! (risos)

Pensando nisso, talvez seja eu quem não esteja realmente me esforçando para fazer um filme interessante para a minha história de vida. Sempre fui um pouco (muito) covarde! (risos) Tenho medo de tentar e falhar. Tenho medo de entrar na sala de aula e ver que não restou lugar para mim. Não sei se todas as pessoas sentem estas coisas mas eu sinto. Mas não ficarei chateada! (risos)

De certa forma gosto da paz que vivo. Tenho poucos mas verdadeiros amigos. E não me falta nada. Sou muito grata pela comida que meus paz me dão, minha casa, minhas coisas, o amor que recebo e que posso retribuir. Pela minha saúde e minha mente. Agradeço muito por estar vivendo uma vida boa até agora sem ter me esforçado muito para merecê-la.

Tenho medo de ser um pouco mais ousada e sentir na pele que o mundo não é tão bom como eu sonhava. Na verdade, sei que o mundo não é completamente mal. Mas também sei que há muito que ainda precisa ser trabalhado.

Enquanto toco Cassiopéia e vejo o relógio girando sinto que estou aproveitando bem meu tempo. Há uma paixão em cada ação de meu dia e acho que isso é o suficiente para que eu me sinta completa.

E assim eu continuo caminhando, continuo postando, continuo tocando, continuo vivendo...

Thursday, May 14, 2009

"Uma baixista e não uma dançarina"

Olá a todos e muito bom dia! Muito obrigada pelo comentário de ontem, Fábio, Fabinho, Fabão, você, querido, ehr, esqueci o resto, desculpa! (risos) Ontem foi um pouco depressivo o post então hoje tentemos ser felizes! (risos) Afinal, são as felicidades, não as dificuldades, que nos fazem continuar em frente.

Quando eu era menor praticamente morava na casa de minha avó. Escola durante a manhã, tarde e minha avó e somente a noite voltava para casa. E muitas vezes não voltava, já que minha escola era bem perto da casa de minha avó. E antes de Cassiopéia chegar, meu dia era bem simples. Internet, livros e televisão. As coisas que eu via na caixa, na caixa digital (risos), nas letras dos livros e o que eu via pela janela resumiam meu mundo. Meu mundo era quase que apenas estas coisas.

Fui uma incrível fã de Friends. Achava muita graça naquele seriado. Sony e Warner eu assistia como se fosse a dona dos canais. (risos) Também assisti muita MTV. Depois de tanto ver Britney Spears, Christina Aguilera, N'Sync e Backstreet Boys, acho incrível como me tornei uma baixista e não uma dançarina! (risos) Apesar de também gostar de dançar, tocar Cassiopéia é meu prazer e satisfação!

E a literatura. Há livros que só lembro de ter lido quando vejo a capa, tamanha quantidade de letras que meus olhos passaram. Entre meus prediletos estão os enormes épicos! (risos) Odisséia, Ilíada, Os Lusíadas, Musashi, Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia, O Guia do Mochileiro das Galáxias... Todos estes já li e alguns mais de uma vez! (risos) Mas também vira e mexe estou lendo "singles", como Cem anos de Solidão. Não leio tantas coisas não-famosas, se é que podemos chamar assim. Talvez eu seja um tanto zé povinha! (risos)

Quinta-feira e a semana já está acabando. Este fim de semana quero alugar muitos filmes para assistir na cama. Mas com certeza ainda encontro tempo para postar na tarde de sábado e manhã de domingo! (risos) Bons horários para se postar, hein, nem mesmo o Fábio deve conseguir ler! (risos)

Wednesday, May 13, 2009

Sei que sou uma pessoa difícil

Bom dia, amiguinhos! (risos) "Amiguinhos" é bem cafona, mas queria ser um pouco boba agora. É que hoje quero falar de uma coisa um pouco mais séria, então brinco só aqui no começo! (risos)

Fábio, não conheço o Dr. Paulo Gaudencio, infelizmente, mas conheço o Badger agora! (risos) Entre 22 e 58? (risos) Que idade difícil de definir!

Bem sobre o post, vamos começar pelo fato que eu não estou brava! (risos) Eu fico brava, sim, é claro mas, por coisas assim, em geral, não. Mas durante a aula de hoje uma pessoa veio conversar comigo. Até seu caminhar era levemente arrogante. Creio que senti algo negativo vindo dele. Um sentimento ruim, que não pude definir o que era. Porém, sempre sabemos, no fundo, quando a intenção da pessoa que nos olha é maldade.

Esta pessoa sentou-se à minha frente e começou a perguntar-me coisas muito pessoais. Coisas que mal falo com Cassiopéia, pudera eu declarar a um completo estranho mal intencionado. Ele queria saber coisas indecorosas de minha pessoa. Ou que, ao menor dos adjetivos, feriria um pouco o pudor daquela mais reservada. Tentei ser cordial e respeitosa. Mas diante minha negação em revelar coisas muito mais minhas que de qualquer outra pessoa, ele começou a se tornar mais agressivo.

Nas primeiras palavras ele me insultava com eufemismos. Mas lentamente, de forma muito mais agressiva, ele me julgava. Eu não gosto que me julguem... Não conheço alguém que encontre um bom sentimento em ser julgado. Eu sei de minhas covardias. Vê-las na boca de outra pessoa só não me feriria se aquela pessoa sinceramente quisesse meu bem. E este não parecia o caso. Porém, nem tudo que ele me disse era mentira.

Não gosto que me julguem porque me fere. Não consigo explicar com plenas palavras por que isto me fere, mas aquela pessoa sentada diante de mim parecia saber que estava machucando. Pedi que ele parasse e, talvez, por reconhecer minha fraqueza, ele se foi. Durante uns bons minutos pensava que gostaria que aquilo não tivesse acontecido. Ainda gostaria.

Sei que sou uma pessoa difícil. Pareço uma zumbi que anda cabisbaixa com os cabelos no rosto, mas é meu jeito. Sei que sou muito magra, mas eu me cuido. Sei que não sou uma pessoa muito equilibrada, mas eu tento. Se possível, gostaria que ele não tivesse me julgado, sem a gentileza de ver que me feria. Talvez eu apenas esteja sendo mimada...

Mas que Cassiopéia seja minha testemunha, eu nunca feri alguém de propósito.

Tuesday, May 12, 2009

"Me empreste um pouco de sua coragem"

Olááá queridos internautas e amigos imaginários! (risos) E, é claro, senhor Carvalho de 51 anos! (risos) Pesquisei sobre o Badger e descobri que temos algumas coisas em comum! (risos) Somos loucos os dois! (risos)

Terça-feira e voltei mais cedo! Terças são ótimos dias! Ótimas aulas, que eu e Cassiopéia adoramos! E voltar mais cedo para casa é uma sensação estranha!

Às vezes sinto que o dia está apenas começando! E que há mais tempo para fazer de tudo muito! Tenho muitas atribuições, tribulações, deveres e chateações, mas sinto que sem elas meus dias teriam pouco para me ocupar. Até Cassiopéia cansa-se de mim quando milagrosamente consigo tempo livre! (risos)

Uns tempos atrás eu tinha muito tempo livre em mãos. Ócio escapando por dentre meus dedos. Não me surpreendo que tenha aprendido tocar Cassiopéia com mais eficiência naquela época. E foi uma época estranha de minha vida, minha personalidade e atos eram desconexos e muita de minha energia se perdia. Com muito raciocinar hoje posso ser mais eficiente com meu tempo. Pena que, daquela época, ainda me restou a solidão. (risos)

Tenho uma personalidade que me afasta das pessoas. Infelizmente, não só elas se afastam de mim como eu me afasto delas. Como se entre eu e elas existisse um poço fundo e escuro, que temos medo de olhar e descobrir o que pode sair.

Fico chateada quando penso e falo a respeito disto. Mudarei de assunto! (risos)

Hoje a tarde, terça-feira, daqui há só algumas horas, irei ao médico. Médico de cabeça! (risos) Quando eu era menor, odiava psicólogos. Mas hoje, mais madura, talvez eu tenha crescido um pouco. E já consigo encarar o divã com mais naturalidade.

Acho estranho porque vejo algumas pessoas estranhas. E elas não precisam de psicólogo. Já alguém tão simplória e sem graça como eu... Às vezes queria ter nascido menino. Os meninos são mais cabeça reta. Eu fico em redemoinhos aqui no blog, falando e falando, sem chegar a nada. (risos)

Ah, Cassiopéia, me empreste um pouco de sua coragem...

Monday, May 11, 2009

"Só tenho problemas com as roupas coladas"

Olá a todos novamente...!

"Nuvens em Cassiopéia" está recebendo mais visitas! Porém, creio que não tantas a ponto de me inibir! (risos) Ainda posso falar o que vem na cabeça! Mas não sinto que mudaria minha forma de escrever ou meus assuntos só porque mais gente visita. Acho que nunca vou conseguir falar sobre política aqui. (risos)

Mas fico feliz por já ter uma pessoa que comenta meus posts. E é além de tudo um grande artista! Meus outros visitantes não parecem ter gostado de mim. (risos) Empenho é necessário!

Se bem que não estou tão preocupada com publicidade assim. Mas recentemente estive com uma certa carência por atenção. (risos) Dá uma certa vergonha falar isso! Aliás, dá muita vergonha! (Então por que tá falando?! Risos)

A vida digital é algo fantástico. Podemos falar o que bem entendemos, na hora que bem entendemos, para quem quisermos e manter-nos incógnitos e anônimos. Já ouvi dizer que isso é covarde... E concordo! (risos) Mesmo assim, gostaria de me aproveitar disto um pouco. Por favor, raramente posso ser covarde sem ninguém me olhar com olhos baixos.

Uma das coisas que mais admiro neste mundo são heróis. Apesar de que os que mais admiro são fictícios. Tenho um fraco por heróis cujas vidas tenham sido imaculadas. Imagens sem manchas, de pessoas que ultrapassaram aquelas barreiras que todas as pessoas acabam um dia! Talvez seja por isso que só gosto de heróis fictícios! (risos) Que pessimismo! (risos)

Mas é verdade que gosto de heróis. Um dos que mais gosto é o Demolidor com sua justiça cega e incrivelmente problemático! (risos) Talvez se eu me tornasse uma defensora da paz também fosse bem problemática! Meu nome seria Cassiopéia. E venceria meus inimigos com pancadas de baixo! (risos)

Só tenho problemas com as roupas coladas dos super heróis. Todos poderiam se vestir como o Homem de Ferro. Ah, mas aí não teria tanta graça! (risos)

Sunday, May 10, 2009

"Se nem tudo pode ser perfeito"

Olá novamente, pessoal! (risos)

Hoje me peguei pensando se algum dia seria mãe. Talvez, primeiramente, possivelmente, eu precisasse me tornar uma esposa. (risos) Até agora não parece ter surgido um gentil alguém que pudesse me aceitar por tanto tempo. Atraio em geral o pior tipo de homem. (risos) Preciso me esforçar para atrair o tipo de certo de homem. Se é que existe! (risos)

Minha vovó me perguntou hoje se eu chamaria uma filha de Cassiopéia. Eu ri, e expliquei que não. Este tipo de nome não faz muito bem para crianças na escola. Mesmo feliz é Cassiopéia, que não precisa estudar. Apenas dorme e canta o dia todo! (risos) Poderia tê-lo chamado de cigarra, pensando agora. Mas Cassiopéia pega bem.

Estava vendo um VHS hoje, da minha vovó. "Laranja mecânica". Eu já havia visto antes, quando era menor mas, vendo novamente pude entender um pouco melhor. E ficar um pouco menos traumatizada que quando era menor! (risos) Que filme incrivelmente estranho. Mas me deixou pensando.

Creio que nunca fui o tipo de pessoa que luta por mudanças. Sou um tanto passiva. Gosto de pensar que sou a água. Se você jogar muita água em um buraco pequeno, mesmo que certa água se perca, pelo menos ela consegue ocupar o buraco inteiro. Então, penso, se nem tudo pode ser perfeito, nos esforcemos para que seja completo.

Hoje eu e Cassiopéia voltamos para nossa casa! Viva! (risos)

Saturday, May 09, 2009

"Tola forma de consolo"

Olá caros não-leitores de meu blog... e Fábio Cavalho!!! (risos) Fiquei tão estranhamente surpresa quando vi que havia um comentário! (risos) Muito obrigada, Fábio!

Sábado, finalmente aqui. Meus pais viajaram para Santa Catarina e estou na casa de minha avó. Aqui a internet é falha e posso dizer que o vento uiva de forma assustadora. (risos) Creio não ser a garota mais corajosa do planeta. Mas vocês não ficam com medo quando parece que há alguém batendo na janela mas é o vento a balançando?

Confesso que sempre acabo me policiando. "Ei, menina, não desequilibre agora! É só o vento!" (risos) Infelizmente a coragem não é uma virtude em mim.

Não poderei passar o dia das mães com minha mamãe mas, por outro lado, passarei com minha avó. Se é avó, é mãe também! (risos) E eu devo muito a ela. Não só isso, sei que guardo em mim um amor enorme por minha vovó. Eu tenho a impressão que os avós são uma coisa muito pessoal. Mais que pais e irmãos, é o que acho. Mas não pensei a respeito suficiente para conseguir defender esta visão aqui! (risos)

Está uma chuva aqui. Uma grande, enorme, gigantesca tempestade. Posso ouvir como se as gotas batessem no topo de minha cabeça. E os trovões saem de dentro de mim. Nossa, se eu fosse realmente assim, seria uma garota bem triste! (risos) Com chuva na cabeça e trovões! (risos) "Raios e trovões!" dizia o tio Victor. Falava de mim! (risos)

Aqui não posso tocar Cassiopéia, por causa dos vizinhos de cima e debaixo. Porém, há muito já contornei este problema! Agora carrego sempre um enorme fone de ouvido que parecem ovos em minhas orelhas. Isolam o mundo lá fora. Às vezes gosto de tocar Cassiopéia com este fone de ouvido, mesmo em casa. Sinto que ele diz suas palavras só para mim, e ninguém mais pode ouvir. Mas isso é apenas uma tola forma de consolo. (risos)

Incrível como avós dormem cedo, não é verdade? O que é mais incrível é o fato que eles querem que eu vá dormir este mesmo horário. Creio que vou deitar na cama agora e rolar até 5h30 do dia das mães! (risos)

Para todos meus um leitores, um lindo beijo de mim e um sol maior de Cassiopéia! (risos) Creio que o senhor Fábio carvalho não retornará mas, mesmo assim, que grande artista é o senhor! Estou impressionada!

Friday, May 08, 2009

"Minha cintura é mais sensível"

Olá caros não-leitores de meu blog! (risos) Três pessoas o leram ontem, porém, creio que não há muito em minha retórica que pode ser dita ditosa. Mesmo assim, é meu desejo poder escrever aqui, neste inigualável local de reflexão.

Há tão pouco a dizer sobre mim que o primeiro post tive que falar de Cassiopéia! (risos) Porém, por outro lado, em sinceridade, Cassiopéia é tão parte de mim que, se eu o perdesse, me sentiria irreconhecível, como pós-acidente. Mas não significa que não há o que falar! Há muito que pode ser dito.

Para mim, sexta-feiras foram uma série de decepções em repetição. Como uma grande metralhadora fria, densa como mercúrio líquido. Saio da faculdade e me arrasto até minha bicicleta. Cassiopéia em minhas costas pedalamos até o shopping. Para manter uma boa forma, comemos juntos um sanduíche natural sem muito gosto. Imagino que há pessoas que adorem sanduíches naturais e os escolham como refeição vital mas, para mim, é como sanduíche de beterraba! (risos) E não gosto de beterraba! (risos)

Quando eu era menor, bem pequena mesmo (aliás, ainda sou pequena com incríveis 1,52m), era muito gordinha. Muuuuito! Váááárias gorduras! (risos) Mas quando finalmente comecei a crescer e atingir a maravilinda altura que tenho hoje, toda a gordura foi usada pelo crescimento e depositada em outros lugares mais distribuídos. Mas até o final da oitava série eu era um protótipo de bolacha.

Experimentando a vida do ponto de vista de uma pessoa magra me trouxe uma grande, excepcional, diferença. Cassiopéia não ficava apoiada em minha barriga mas em minha cintura. Certamente é uma sensação muito melhor! (risos) Minha cintura é mais sensível, eu acho!

Creio que perdi o fio da meada. Bem, almoçamos sanduíche natural e retornamos à nossa casa. Papai e mamãe ainda estavam em seu trabalho, então era hora de eu trabalhar. Limpei a sujeira que fazemos todos os dias sem perceber, lavei as louças, estendi as roupas e consegui me livrar de uma mancha no chão causada por uma bituca de cigarro de meu amado papai. Não havia queimado o chão, apenas a fuligem acumulada.

Mal havia o céu se tornado laranja quando terminei todos os afazeres. No post passado falei de minha casa antiga. Desta vez, eu e Cassiopéia ficamos em nosso quarto. É um quarto de menininha, na realidade. Afinal, posso não ser exatamente diferente ou fantástica mas, no fundo, ainda sofro dos mesmos males que toads sofrem: cólicas, prensar o cabelo no cotovelo e coisas assim! (risos)

A porta é de madeira branca com o kanji de meu nome afixado em uma bonita moldura de fundo vermelho. A maçaneta é em forma de bolinha e há um tapetinho do lado de fora, para limparmos as meias. Aqui em casa deixamos os sapatos na entrada. Passada a porta o chão é de carpete bege, bem fofinho! Lavar este carpete uma vez por mês é o exercício mais cansativo para minhas pernas. O quarto é pequeno e de paredes claras. Em um canto há minha escrivaninha de madeira com duas estantes. Em uma há livros da faculdade e n'outra meus mangás. Tenho muitos! (risos) Muitos mesmo! Vinte e duas coleções completas!

Pouco atrás de minha escrivaninha há uma mesinha de chão qual chuto toda manhã. Era para haver um kotatsu mas o queimei no inverno passado, ainda não consertado. Próximo à mesinha há a porta de meu minúsculo banheiro, com um box apertado. No fundo do quarto minha cama é de solteiro, com almolfadas fofas que vovó costurou para mim. A cama fica virada para a única janela de meu quarto, ao leste para que o sol nasça do lado certo! (risos)

Bem ao lado de minha cama está o amplificador. E o stand, onde dorme Cassiopéia. Inicialmente eu queria dormir abraçada com ele mas suas cordas machucam! Talvez eu me mexa muito quando durmo! (risos)

Cassiopéia, Cassiopéia... Se fosse mais doce e menos voraz, nos deitaríamos juntos todas as noites! (risos)

Toquei Cassiopéia até correr o risco de ser espancada pelo Psiu! e meus pais ainda não chegaram. Dias lentos, densos.

Só eu e Cassiopéia, até o sono chegar...

Thursday, May 07, 2009

"Você é minha Cassiopéia"

Olá, muito boa noite! Meu nome é N.K., e é um enorme prazer estar aqui! (risos)

Creio que não sou muito boa em primeiras impressões pela internet mas, por outro lado, quem o é? (risos) Bem, devem haver pessoas com muito boas primeiras impressões digitais... Ah, creio que seria melhor dizer "impressões online"? Mas deixa pra lá! (risos)

Com meus vinte e dois anos de idade, gostaria de contar em vinte e duas palavras minha vida até então: Nasci, dia vinte e sete de janeiro de mil novecentos e oitenta e sete. Já atrapalhando, às cinco e meia da manhã. (risos) Vinte e duas palavras! Que palavra poderei adicionar ano que vem? (risos) É divertido imaginar...

Sabe, cinco e meia da manhã é um horário chato. Não é tarde suficiente para vermos o sol nascer, ou cedo suficiente para acordamos em um novo dia. É simplesmente o horário mais inoportuno de todos! (risos)

Filha única de meu papai e minha mamãe, não tenho absolutamente nada de interessante para contar de minha infância, pré-adolescência e adolescência! (risos) Na verdade, creio não ser uma garota muito interessante. Quando o acontecimento mais importante de sua vida foi quando nasceu, é fácil contar sua história de vida em vinte e duas palavras.

Mesmo assim, mesmo sendo tão sem graça, com quase todo pouco espaço em minha pequena cabeça já ocupado, consegui obter duas grandes paixões nesta vida: a literatura e a música. Não são paixões muito diferentes mas, agradeço pelo fato que, no que faltei em originalidade, pude compensar em sinceridade. E graças a estas paixões estou aqui, escrevendo meu próprio, querido, diário online!

Exatamente há dois anos abracei meu primeiro amor. Seu toque era maduro, mesmo com oror tão jovial. Sua pele era fria mas, era como se tivesse um coração que tremia em um tom grave. Profundo. Triste, simples e solitário. Eu sabia que havia feito a escolha certa. Ele era como eu. Se nós dois subitamente fôssemos retirados deste mundo, ainda assim teria sido uma vida plena. Mesmo que profundamente tristes, simplórios e solitários, éramos dois. Sim... Há dois anos ele finalmente me encontrou, meu Fender American Standard Precision Bass, 2-color sunburst. Meu querido baixo elétrico. Hoje fizémos nosso aniversário de namoro! (risos)

No início tive algumas aulas. Queria muito aprender a tocá-lo. Como John Myung ou quem sabe perto. O amplificador ficava no quarto de hóspedes de minha casa, ao lado de uma cama de casal cor bege, com um lindo encosto de camurça e várias almofadas fofas e gordas em cima! Eu o plugava em meu baixo e deitava naquela cama. Seu peso sobre meu corpo e eu o tocava. Não havia no mundo sentimento mais completo que imaginar seu som mover o firmamento, naquela ogiva azul que eu via da janela do quarto de hóspedes.

Descobri que eu prefiria ver as nuvens quando refletiam em meu baixo. Meu baixo elétrico. Com ele eu não era atrapalhada, mas uma garota que sabia o tocar. A única no mundo que poderia transar aquele som. Estávamos sempre juntos, até às cinco e meia da manhã.

Mais belo que as próprias Nereides, você é minha Cassiopéia.