O mundo é estranho comigo às vezes. Tenho sensações nada hospitaleiras quando estou em meu próprio quarto. Tropeço em mim mesma. Como um pedaço de pão que tinha gosto e textura de melão.
Será que estou ficando louca? (risos) Seria um avanço para minha doença, chamada Falta-de-Personalidade-de-Pessoa-Desinteressante.
Apesar de que quando estas coisas acontecem, nunca consigo parar e pensar "Viva, estou sendo louca". Sempre fico movida, balançada, tentando entender por que aconteceu aquilo em minha vida naturalmente corriqueira e habitual.
Ontem tirei o dia para manutenciar Cassiopéia. Troquei suas cordas e o limpei inteiro, está brilhando bonito aqui a meu lado. Hoje pretendo tocá-lo até sair sangue de meus dedos. Será que estou sendo louca? (risos)
Mas gosto muito de tocar Cassiopéia. Meus pais acham estranho o quanto eu consigo ficar deitada com ele, o tocando. Como se eu tivesse alguma doença de baixista. Porém, é como dizia William Blake: "Hold Infinity in the palm of your hand; And Eternity in an hour".
Cada um aproveita o tempo livre como quer, né? E para mim, poucas coisas são tão completas quanto tocar você, Cassiopéia.